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MICROAGULHAMENTO

de BAIXO TRAUMA

Microagulhamento Alopecia X

Alopecia X - MICROAGULHAMENTO

 

 

Desde novembro de 2015 trouxemos para o Brasil a técnica de microagulhamento, desenvolvida na Suiça, para o tratamento da Alopecia X em cães da raça Spitz Alemão (Pomerânia).

Há muito sabemos que em pacientes afetados, nos locais onde foram realizadas biópsias ou que sofreram algum trauma, há a volta do crescimento de pelo. Os pesquisadores suiços Steve Stoll, Christian Dietlin e Claudia S. Nett-Mettler publicaram (julho de 2015) estudo em que aplicam este conhecimento no tratamento da Alopecia X em Pomerânias.

Completamos recentemente o maior estudo mundial já feito sobre o uso do MICROAGULHAENTO na Alopecia X (nossa pesquisa de Mestrado).

 

Trazemos para os leitores, a seguir, mais informações sobre este  tratamento revolucionário

A TÉCNICA DE BAIXO TRAUMA

A técnica original consiste na aplicação de aparelho contendo 540 micro-agulhas permitindo a criação de centenas de micro-perfurações por centímetro quadrado das regiões afetadas. 

Nossa nova técnica, que garante excelentes resultados com um mínimo de trauma - difere substancialmente da original e é fruto de 5 anos de estudo e mais de 500 Pacientes microagulhados. Não só os resultados são substancialmente melhores, como a recuperação é muito mais simples e rápida.

Algumas diferenças:

- reduzimos o número de agulhas utilizado de 540 para 12;

- reduzimos em 1/3 a profundidade do agulhamento;

- reduzimos pela metade a superfície microagulhada.

Nossa técnica é realizada apenas com a caneta dérmica (elétrica), em camadas alternadas e em média profundidade. Apesar do trauma ser apenas uma fração do causado pela técnica original, os resultados são melhores, mais homogêneos e rápidos.


 

Médico Veterinário Alexandre Bastos Baptista
Microagulhamento Alopecia X

RESULTADOS

 

Nos Pomerânias submetidos ao tratamento nota-se vermelhidão nas áreas tratadas (que geralmente desaparece após algumas horas). Uma semana após o tratamento nota-se descamação da pele e em cinco semanas há o início difuso do crescimento do pelo nas áreas afetadas (alguns cães mais cedo, alguns mais tarde). As áreas hiperpigmentadas são descamadas. Em 4 a 12 semanas os cães já apresentam o recrescimento piloso em todas as regiões que responderam. 

Microagulhamento Alopecia X

PQ HÁ O CRESCIMENTO?

Ao ferir a pele através de milhares de microperfurações, a mesma reage no intento de se regenerar. Como ocorre extravasamento de pequena quantidade de sangue em nível dérmico (que pode ser visível na superfície da pele) ocorre a ativação do sistema plaquetário para que ocorra coagulação e parada do sangramento. As plaquetas recrutadas para o local liberam fatores de crescimento que, por sua vez, estimulam os queratinócitos e fibroblastos e, consequentemente, o crescimento capilar.

Além disso, o microagulhamento é capaz de induzir a super-expressão de genes que gerarão substâncias e/ou mediadores relacionados com o crescimento do pelo, como o fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF), B-catenina, Wnt3 e Wnt10.

 

O TRATAMENTO ESTÁ DISPONÍVEL NO BRASIL?

Desde o início de novembro de 2015 oferecemos o tratamento. Fomos os pioneiros desta técnica nas Américas e já realizamos mais de 500 procedimentos. Atualmente realizamos exclusivamente o MICROAGULHAMENTO DE BAIXO TRAUMA, técnica que desenvolvemos, muito superior à técnica original tanto em resultados como em redução de lesões.

 

O QUE É PRECISO PARA MEU CÃO PODER REALIZAR O TRATAMENTO?

É necessário que realizemos o diagnóstico da Alopecia X, descartando outras afecções. O paciente será avaliado através de check up e, se estiver saudável poderá ser submetido ao tratamento. Cães já diagnosticados por colega podem já marcar o Microagulhamento diretamente, havendo apenas uma preparação prévia.

 

HÁ PREPARAÇÃO ESPECÍFICA PARA O PROCEDIMENTO?

Sim, o paciente deverá ser banhado com shampoo próprio antes do procedimento e passará por processo de hidratação da pele nas 2 semanas anteriores. Também são necessários exames pré-anestésicos garantindo a saúde do paciente.

 

O PACIENTE SENTIRÁ DOR DURANTE O PROCEDIMENTO?

Toda a parte da analgesia, sedação e anestesia é realizada pela Dra. Luciana Kinoshita, Médica Veterinária Anestesiologista. O paciente inicia com medicação pré-anestésica com um opióide potente para oferecer analgesia, e um tranquilizante. O procedimento de agulhamento em si é rápido, porém necessita-se que o paciente fique imóvel, utilizando-se anestesia inalatória. Há a monitoração de oximetria, frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial e temperatura, além da suplementação de oxigênio durante todo o procedimento. 

O procedimento em si dura em média 50 minutos e, pela curta duração do anestésico utilizado, já logo depois o paciente recobra a consciência, podendo ir para casa em cerca de 30 minutos a 1 hora após o término.

 

COMO É A RECUPERAÇÃO?

A recuperação é relativamente rápida. No dia do procedimento a pele fica levemente avermelhada. Os pacientes ficam com a pele sensível por alguns dias, após o que  há a completa normalização. Entramos com analgésicos para garantir a analgesia nos dias posteriores ao procedimento e antibióticos para prevenir infecção.

 

É CERTEZA QUE A PELAGEM IRÁ VOLTAR?

Há alguns pacientes que não respondem ao Microagulhamento, mas atualmente nossa taxa de sucesso é bastante alta (maior que no tratamento medicamentoso) - 74% apresentam resposta boa ou ótima após 1 única sessão. Alguns casos têm que fazer uma 2a sessão após 4 meses (nesta só são cobradas anestesia e aparelhos), aumentando as chances de sucesso para cerca de 85%. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O PACIENTE DEVERÁ USAR ALGUMA MEDICAÇÃO PARA ESTIMULAÇÃO DO CRESCIMENTO?

Na verdade os pacientes tratados na pesquisa já haviam sido submetidos a vários tratamentos medicamentosos, sem nenhum sucesso. Quando foram submetidos ao tratamento estavam havia mais de 6 meses sem tomar nenhuma medicação. Atualmente associamos o microagulhamento a outros tratamentos, potencializando o recrescimento piloso!

 

ROLO DÉRMICO X CANETA DÉRMICA (Dermaroller x Dermapen)

O rolo dérmico é um equipamento que possui 540 micro agulhas que se dispõem em um cilindro acoplado em uma haste de manuseio. Todas as agulhas possuem um único tamanho que pode variar entre 0,5 a 3mm. Ao fazer a aplicação (ou rolamento) do rolo na pele, são feitos milhares de micropunturas. Algumas regiões do corpo são mais difíceis de serem estimuladas com este aparelho e sua aplicação depende muito da experiência do aplicador para proporcionar um estímulo adequado e homogêneo em todas as regiões estimuladas.

A caneta dérmica é um aparelho elétrico onde é encaixado uma ponta estéril descartável com 11 agulhas de aço inoxidável. O aparelho move as agulhas para dentro e para fora por cerca de 1000 vezes por segundo. Durante o microagulhamento o aparelho é simplesmente movido ao longo da pele enquanto a ação de pistão (em vez da pressão do operador) causa a penetração das agulhas. A profundidade é consistente em cada paciente, não dependendo da força do aplicador.

Em estudo apresentado em conferência médica (CHU, 2012), 48 pacientes humanos com cicatrizes de acne, já anteriormente submetidos ao microagulhamento com o rolo dérmico, foram divididos aleatoriamente em 2 grupos; um submetido ao microagulhamento com a caneta dérmica e outro com o rolo dérmico. Através de questionário, os pacientes descreveram o procedimento realizado com a caneta como muito menos doloroso que o com o rolo. Houve uma redução da profundidade das cicatrizes significativamente maior com a caneta em comparação ao rolo. Os pesquisadores concluíram que o microagulhamento apresentou um significativo avanço com o uso da caneta dérmica em comparação ao rolo, sendo mais fácil sua utilização e melhores os resultados.

Introduzimos o MICROAGULHAMENTO com a caneta dérmica no tratamento da Alopecia X. Percebeu-se menor sangramento e dor durante e após os procedimentos, além de melhor resposta. A caneta dérmica também permite estimulação muito mais homogênea, inclusive em regiões de difícil manipulação com o rolo dérmico (como pescoço, cauda e região perineal).

MICROAGULHAMENTO – recomendações 

 

Quando introduzimos o Microagulhamento no Brasil - em novembro de 2015 - o estudo de caso suíço que introduziu a técnica tinha sido publicado havia apenas 1 mês (este relatava o sucesso obtido em 2 irmãs de ninhada com Alopecia X). Como a descrição do procedimento neste estudo era bastante rudimentar, estudamos a técnica em humanos e iniciamos sua aplicação em cães da raça alopécicos. Foram mais de 500 microagulhamentos nestes  anos e, neste período, nossa técnica evoluiu muito. O Microagulhamento que realizávamos no início era muito diferente da técnica atual (que fomos desenvolvendo com a experiência), assim como os resultados – que atualmente têm um índice de sucesso muito maior que no início (e uma parte do sucesso da técnica está relacionada ao uso da caneta dérmica – esta última por nós introduzida pioneiramente).

Atualmente outros Colegas estão começando a oferecer o microagulhamento – alguns aprenderam minha técnica em palestras e cursos, outros ainda se baseiam no estudo de caso original. Alguns problemas me foram relatados, tanto por Colegas quanto por Tutores. Vale a pena então frisarmos alguns pontos importantes:

- os cães devem ser banhados com xampu de Clorexidine no dia anterior (o produto deve agir por 10 minutos antes do enxágue);

- a pele corretamente hidratada nas semanas anteriores ajuda nos resultados;

- pescoço, períneo e cauda respondem muito melhor à caneta dérmica (elétrica) que ao rolo;

- nenhum medicamento anti-inflamatório deve ser utilizado, pois é justamente a resposta inflamatória – leve – que estimulará a liberação das citocinas envolvidas na estimulação folicular;

- o uso de analgésico potente (Tramadol) em dose/frequência adequada é fundamental para o conforto do paciente no pós. A Dipirona também deverá ser usada;

- a anestesia inalatória, realizada por um Anestesista Veterinário, é essencial na garantia da analgesia trans-procedimento e na segurança do paciente.

- o maior risco é infecção. Exemplares devem ser tratados previamente caso apresentem piodermite. Antibioticoterapia adequada e todos os cuidados de assepsia devem ser realizados.

 

M.V. Alexandre Bastos Baptista

www.endocrinologiaveterinaria.com

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