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INBREEDING, CASTRAÇÃO E FUTURO DAS RAÇAS CANINAS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para refletirmos:

Todos sabemos que as raças caninas, em sua esmagadora maioria, se desenvolveram a partir de poucos exemplares, seja por misturas entre 2 ou mais raças (Dobes, Bullterriers, etc), seja por importações de alguns poucos exemplares do Oriente (Pequineses, Chows, Akitas, etc.), África (Basenjis) e América (Chihuahuas, Xolos, etc.). O fato das raças terem se desenvolvido a partir de poucos exemplares originais, a utilização extensiva de “Padreadores Populares” e alguns gargalos genéticos no decorrer do século XX (como a 2ª Guerra Mundial) levaram a um coeficiente de inbreeding altíssimo e população efetiva bastante reduzida, reduzindo a variabilidade genética a níveis alarmantes em diversas raças.

 

Apesar do cenário descrito continuamos com algumas práticas questionáveis, como inbreeding e mesmo linebreeding. Vejam, já partimos de um coeficiente de inbreeding alto dentro das raças – por exemplo, em 10 gerações analisadas de 402.203 Golden Retrievers o coeficiente de inbreeding foi de 9,4% (EUA 2016 – K9 data) e em 102.788 Labradores 8,2%...

 

Agora, tendo em vista o acima exposto, qual o futuro das raças caninas se reduzirmos ainda mais a população efetiva, castrando os filhotes de cães que são excelentes representantes de suas raças? Vejam, já importei muitos cães, gastei fortunas em sua manutenção, ranking, etc., assim como muitos de vcs. Na época também tinha poucas ninhadas (por exemplo, Dreamer, cão #1 do Brasil em 2001 teve apenas 2 ninhadas) e selecionava bastante os futuros compradores (o que quero dizer aqui é que entendo os argumentos que muitos utilizam para justificar o escrutínio de compradores, o $ dos filhotes e a venda já castrados).

 

Pois bem, se objetivamos o bem da raça que criamos e amamos qual é o bem (para a raça) em limitar a descendência de excelentes exemplares? Criadores fundo de quintal produzem uma grande qtde de cães de fenótipo indesejável, problemas de saúde, temperamento, etc., enqto criadores sérios criam pouco, vendem caro e muitos ainda castram seus exemplares. É só considerarmos este quadro para entendermos que, em algum tempo, todas as raças (populares) tenderão à decadência, pois quem estão com as rédeas são os criadores fundo de quintal! Não seria a hora de estimularmos novos criadores – mesmo que proprietários de apenas 1 cão – orientarmos os acasalamentos, fazermos co-propriedades, enfim, não restringirmos a genética superior de nossos exemplares, mas, pelo contrário, a multiplicarmos?

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