top of page

ALOPECIA X - TRATAMENTO ORAL

Muitos tratamentos já foram tentados com diferentes graus de sucesso para a Alopecia X. Atualmente os principais pilares para o tratamento oral são a Melatonina e o Trilostano - vamos falar sobre estes 2 compostos, sua taxa de sucesso, precauções e possíveis efeitos colaterais.

Alopecia X tratamento

MELATONINA

A Melatonina é um hormônio envolvido em toda a cronobiologia do organismo, ou seja, nos ritmos biológicos que controlam e modificam diversas funções orgânicas que diferem ao longo do dia e noite e sazonalmente (variando conforme a época do ano). Apesar de estarmos acostumados em pensar que a Melatonina é produzida pela glândula Pineal, localizada no cérebro, há outros órgãos produtores, inclusive a pele.

Quando pensamos na adaptação de diversas espécies animais ao clima temperado, onde as temperaturas apresentam grande variação ao longo do ano, percebemos grande diferença na pelagem do verão e inverno (ao lado a raposa ártica na sua pelagem de verão, intermediária e de inverno). Quem "percebe" a mudança de estações é a glândula pineal e sinaliza ao organismo justamente através da Melatonina.

Além do papel cronobiológico, a Melatonina também age coibindo a aromatização dos hormônios sexuais perifericamente (impede sua produção), inclusive na pele e tem um papel conhecido na redução dos receptores de hormônios estrogênicos (não comprovado na pele).

No tratamento da Alopecia X a Melatonina é a primeira escolha e tem um efeito positivo na repilação em cerca de 30% dos casos. Entretanto raramente consegue, sozinha, a repilação total. É a primeira linha de tratamento, bastante segura e um coadjuvante aos outros tratamentos.

Atualmente alguns produtos americanos vem com um composto tóxico adicionado. Leia mais no artigo MELATONINA - CUIDADO!

TRILOSTANO

O Trilostano é um bloqueador da produção hormonal das Glândulas Adrenais (supra-renais), agindo justamente na enzima que "transforma" a 17OH Pregnenolona na 17OH Progesterona. Este medicamento é indicado nos casos de Hiperadrenocorticismo (Síndrome de Cushing) e, desde um estudo realizado em 2004, vem sendo utilizado com razoável sucesso no tratamento da Alopecia X.

Seu uso, entretanto, só deve ser prescrito por um Endocrinologista Veterinário, pois há diversos cuidados necessários no monitoramento e ajuste da dose que, se não forem realizados por quem tem intimidade com o medicamento, podem levar a sérios efeitos colaterais. As reações adversas mais comuns relatadas são: falta de apetite, vômito, letargia/ embotamento, diarreia e fraqueza. Ocasionalmente, reações mais graves, incluindo depressão grave, diarreia hemorrágica, colapso, crise addisoniana ou necrose adrenal/ruptura adrenal podem ocorrer e podem resultar em óbito (bula do VETORYL, 2018). As doses utilizadas no tratamento da Alopecia X são muito diferentes das do Hiperadrenocorticismo.

Quando utilizado corretamente o Trilostano é geralmente seguro e chega a um bom índice de sucesso.

CONCLUSÃO

Na nossa prática clínica objetivamos fornecer aos pacientes alopécicos as maiores chances de sucesso. Não há produto ou medicamento milagroso - o tratamento oral tem resposta lenta (a repilação pode demorar até 9 meses para iniciar) e requer paciência e perseverança mas, se seguido corretamente, tem boas chances de sucesso.

É importante combinar o tratamento tópico, nutricional e medicamentoso de forma a otimizar os resultados. 

O tratamento oral, uma vez conseguida a repilação, é mantido para o resto da vida do Paciente. Como alternativa ao tratamento oral temos o MICROAGULHAMENTO, técnica nova que trouxemos para o Brasil em 2015.

O trilostano e a melatonina não são sempre efetivos e o novo pelame nem sempre é permanente, podendo haver recidiva em alguns meses a alguns anos, apesar da continuidade do tratamento.

 

A opção pelo tratamento oral ou microagulhamento é feita pelos Tutores, após discutirmos detalhadamento os prós e contras de cada modalidade.

 

bottom of page